BRA-RGS

A classe BRA-RGSA RGS (Regra Geral Simplificada) foi criada na década de 90 por velejadores que possuíam veleiros de cruzeiro, cujos barcos não se encaixavam na recém-lançada classe IMS, com gestão da ABVO. No inicio dos anos 90, os velejadores gaúchos Boris Ostergren e Nelson Horn Ilha trouxeram ao Brasil a adaptação de uma fórmula Argentina, que se baseava apenas em área vélica e linha d’água para o cálculo do rating, porém a regra não foi implementada naquele momento.

No ano de 1992 profissionais da vela de São Paulo, dentre eles Winston Guy estiveram presente em Porto Alegre e tomaram conhecimento da existência da Regra RGS e promoveram sua divulgação na área do estado de São Paulo, que utilizou a base da Fórmula Argentina (área vélica + linha d’agua), adicionando a nova fórmula os itens Bonificação por Idade (Age Allowance) e os VCR (Vantagem Cruzeiro Regata).

Com a regra RGS implantada, foram feitos modificações e ajustes no conceito, como não aceitar barcos de regata (espartanos sem comodidade a bordo).Ao final de 1993 velejadores de veleiros de cruzeiro de São Paulo, encontraram na Regra RGS a base para montar a Associação Paulista de Vela da Classe RGS – APVRGS, efetivando sua fundação e com Sede e endereço nas instalações náuticas do Clube Internacional de Regatas – CIR em Santos.

A partir de 1994 a classe RGS passou a configurar no Campeonato Estadual da Federação de Vela do Estado de São Paulo e o primeiro grande teste da regra foi na Semana de Vela de Ilhabela de 1994, tendo velejadores do estado de São Paulo e Rio de Janeiro competindo na Classe BRA-RGS. Com a boa aceitação dos velejadores na Semana de Vela de Ilhabela de 1994 a Regra RGS começou a ser disseminada para fora do Estado de São Paulo.

Conforme Guilherme Hernandez foi feito trabalho de divulgação da regra em outros estados do Brasil. Ele conta que trabalhava no Porto de Santos, e viajava a serviço à Brasília e para localidades portuárias tais como Recife, Salvador, RJ, Paranaguá e RS. Ao identificar nessas cidades uma flotilha de barcos de cruzeiro fazia contato com os velejadores e promovia a apresentação e com o principal objetivo a implantação da regra BRA-RGS naquela localidade. Com a fundação da APV-RGS em 1994 o seu primeiro Presidente foi o Sr. Jose Juvenal Penteado Pessoa, e como Vice o Ciro Engracia.

No ano de 1995 em nova eleição de Comodoria, assumiu a presidência o Sr Guilherme Hernandez, e com intuito de dar transparência nas emissões de certificados pediu ao amigo e velejador Daniel Bispo de Jesus, que elaborasse um programa que permitisse todos os associados olhar as medições de todos os veleiros e seus respectivos ratings. O programa também possibilitava ao velejador, fazer estudos em cima da medição do seu veleiro, objetivando a melhorar a sua medição. A grande expansão e consolidação da regra RGS no Brasil aconteceu em 1996, quando o evento do Circuito Rio também adotou a regra RGS. Após a entrada da flotilha de cruzeiro do Rio de Janeiro, resolveu-se criar a BRA-RGS, que ficaria subordinada a ABVO (entidade máxima da vela de Oceano), e sua comodoria baseada em dirigentes do RJ e SP. Na primeira comodoria constava, Jose Luiz Rangel Guimarães como Vice-Presidente, Mario Augusto Martinez e Jose Carlos da Cunha Vaz na Comissão Técnica, Daniel Bispo de Jesus (Web Master) e Guilherme Hernandez na Presidência Nacional da BRA-RGS. A partir do ano de 2010 com o objetivo de obter maior transparência possível, a BRA-RGS disponibilizou na internet pelo site (www.bra-rgs.com.br) a última regra aprovada e uma base de dados com as informações de medições de todas as embarcações registradas.

No período de 1993 a 2020 participaram da elaboração e revisão das regras BRA-RGS, em todos os níveis, tais como conceitos, serviços de informática e coordenações dos trabalhos os Srs: Alexandre Martinho, Carlos Sa, Carlos Westone, Ciro Engracia, Daniel Bispo de Jesus, Eduardo Pires, Ernesto J. Breda, Guilherme Eduardo Hernández, Gustavo Leibovice, Helmut Stenger, Jack Wicks, João Alfredo Faccio, José Carlos da Cunha Vaz, José Juvenal Penteado Pedroso, José Luiz M. de Avellar Azeredo, José Luiz Rangel Guimarães, José Carlos Chrispin, José Paulo Roda, Julio César Leo, Kan Chuh, Luiz Cláudio Matarazzo, Mário Augusto Martínez, Mário Buckup, Martin Bonato, Maurity Borges, Michel Crotman, Paulo K. Barros, Ralph Rabelo de Vasconcelos Rosa, Rodrigo Siqueira, Rogério Albuquerque, Valdir C. Petersen, Walter Becker, Winston GuyAlexandre Martinho é o atual coordenador nacional da BRA-RGS e a sede é no Clube Internacional de Regatas, em Santos.


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BICO DE PROA

Os caminhos para disputar regatas não obrigam o velejador ser profissional, muito menos ser proprietário de um barco de alta performance modificados para regatas de oceano . Pensando nisso surgiu a classe BICO de PROA , uma regra Brasileira e que serve de classe de entrada para que o velejador galgue etapas para uma regra mais competitiva .

Uma classe sem regras complexas de baixo custo , a classe Bico de Proa é perfeita para barcos de cruzeiro , normalmente utilizados em passeios com familiares e amigos . Apesar disto , não significa que o desempenho e as grandes disputas estarão comprometidas , muito ao contrario , as regatas desta classe tem um grande numero de adeptos e são disputadíssimas, além é claro, de divertidas.

Normalmente equipes são formadas por amigos e familiares sem grandes experiencias em competições de vela oceânica . É a classe ideal para os velejadores principiantes que desejem se divertir disputando regatas em grandes eventos e confraternizando lado a lado com grandes nomes do esporte nacional e olímpico

Por ser uma classe de disputa normalmente com grande numero de barcos participantes , é importante conhecer regras básicas de regata , tal como significado das bandeiras , marcas de percurso , regras de preferencia de passagem , para que se tenha uma navegação segura e divertida

Participe conosco e tenha muitos
Bons ventos


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MOCRA

Multihull Offshore Cruising and Racing Association – foi criada em 1969 no Reino Unido para incentivar e promover a navegação de multicascos. Esta regra procura uma compensação através de um fator de correção de tempo mais equitativo possível dentro da diversidade de projetos, materiais construtivos e configuração de velas, no cenário nacional e internacional, sejam catamarãs ou trimarãs.

Os parâmetros dos veleiros são realmente medidos (Comprimento, peso, linha d água, área vélica e outros critérios bem definidos e de conhecimento aberto a todos).

A FREVO (Flotilha Recifense de Veleiros de Oceano) sentia há algum tempo a necessidade de atrair o contingente crescente de multicascos para os eventos e regatas organizadas em Pernambuco e estados vizinhos. Para que isto ocorresse de forma efetiva, era preciso não só ter bons eventos, mas também proporcionar aos comandantes e suas tripulações chances de competir em termos equitativos. Não deve vencer apenas o maior barco ou aquele proprietário que teve condições de investir mais nos equipamentos. Que vença a melhor tripulação, ou aquela que conseguir explorar melhor o potencial do seu conjunto de  barco/equipamento/tripulação. Para isto se buscou implementar uma regra específica para multicascos, assim como já acontece há algum tempo para os monocascos, que utilizam um fator de correção de tempo (rating), nas diferentes classes RGS, ORC, entre outras.Em 2012, após uma aprofundada pesquisa junto as iniciativas de nível nacional e internacional, optou-se por implementar a regra de rating para multicascos da MOCRA, ao mesmo tempo em que foi criada pela FREVO uma comissão técnica para tratar do assunto e de sua implementação, presidida desde então pelo velejador Hans Hutzler.

O sistema Inglês – MOCRA – Multihull Offshore Crusing and Racing Association, apresenta-se bem consolidado, pois se iniciou em 1969 e as medições que o sistema adota são particularmente fáceis de serem efetuadas, além da regra estar disponível para conhecimento de todos no site da Associação (http://www.mocra-sailing.co.uk/). Como vantagens da adoção da MOCRA ao invés de um rating por estatística (ex: PHRF – Performance Handicap Racing Fleet – usado nos E.U.A) a ser adotado pela FREVO e ABVO, salientou-se os seguintes pontos:Em flotilhas pequenas o sistema de medição funciona melhor que o estatístico pois não existe base de dados de porte, a ponto de subsidiar o PHRF.Os parâmetros dos veleiros são realmente medidos (Comprimento, peso, linha d água, área vélica e outros critérios bem definidos e de conhecimento aberto a todos).É uma regra que vem sendo aprimorada desde 1969, de fácil consulta e já existente em versão traduzida.


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ORC Sportboat

Atendendo anseio de diversos velejadores a ABVO está trazendo para o Brasil a ORC Sport Boat que visa atender os barcos de menor deslocamento. Essa classe irá abranger os barcos como o J-70, HPE 25, J-24….etc, que desejem correr circuitos mesclando diversos modelos ONE DESIGN e aumentando assim o número de participantes das regatas como no antigo Minicircuito Rio. Essa classe visa a incentivar os barcos menores a disputarem Regatas entre si mas não junto com os demais barcos de Oceano.

Os certificados na forma de um certificado ORC Sport Boat podem ser emitidos através da ABVO. Nestes certificados, todos os dados que compõe o rating de um barco são padronizados com base no conjunto de medidas para cada classe e com suas próprias regras ou com todas as medições em tolerâncias estreitas. Para esses certificados, nenhuma medição é necessária, desde que haja prova fornecida a ABVO de que o barco está em conformidade com as medições da sua Classe.

Qualquer mudança no barco ou em seu equipamento, velas ou tripulação invalidará o certificado ORC Sport Boat do barco e um novo certificado padrão ORC International ou ORC Club deve ser emitido.

Observe que os dados de medição do Sport Boat podem ser alterados de tempos em tempos devido a mudanças nas Regras da Classe, na Regra IMS ou nas regras do sistema de Classificação ORC.


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ORC

A busca por um sistema de classificação perfeito é tão antiga quanto as próprias regatas de veleiros. Proprietários de barcos, velejadores, designers e desenvolvedores de regras estão sempre em busca de soluções que funcionem conforme os projetos dos barcos mudam com o tempo. No entanto, independentemente de qual sistema de classificação está realmente em uso, um sistema de classificação ideal deve ter os seguintes recursos:

  • seja justo com todos os barcos, de cruzeiros a pilotos, sem formas de tipo fortes em design
  • ser aberto, transparente e disponível gratuitamente
  • têm regras que são objetivas, não tendenciosas e abertas a entrada
  • têm avaliações que são simples, mas precisas
  • têm opções de pontuação flexíveis para uso com diferentes tipos de cursos
  • seja fácil de usar e entender
  • ser gerenciado localmente, mas disponível em todo o mundo

A ORC usa ciência e tecnologia para desenvolver seus sistemas de handicap. Com um conjunto completo de medição do casco com apêndices, hélice, estabilidade, plataforma e velas, é então possível usar um software de computador chamado VPP – para Programa de Predição de Velocidade – para calcular as velocidades teóricas do barco em várias condições de vento. Com esta ferramenta poderosa, que é atualizada anualmente por um painel de especialistas em ciência aerodinâmica e hidrodinâmica, o sistema de classificação ORC pode informar as diferenças de desempenho entre diferentes barcos em diferentes condições de vento e geometrias de percurso.

O uso desse sistema pode ajudar a responder a perguntas ainda mais detalhadas, como em que velocidade e ângulo do vento o balão assimétrico será mais rápido do que a lança ou a genoa durante o alcance. Ou qual é a batida ou corrida VMG ideal para uma determinada velocidade do vento.

E o sistema funciona para quase todos os tipos de barco possíveis: há quase 96.000 registros de certificados ORC emitidos em todo o mundo nos últimos 20 anos para barcos de 18 a 100 pés. Isso inclui barcos de produção padrão, classes offshore de um projeto, barcos personalizados e protótipos, barcos clássicos ou vintage. A única restrição para o sistema é que o barco deve ser um monocasco.

ORC Internacional é acurada e ORC Club é simples

Os Sistemas de Rating ORC são administrados pelos Escritórios Nacionais estabelecidos em todo o mundo em cada país que possui classificação offshore ativa. No Brasil á administração da ORC está delegada a ABVO.

Existem duas formas de sistemas de classificação que são totalmente compatíveis usando as mesmas medidas e o mesmo VPP: ORC International (ORCi) e ORC Club. O ORCi é baseado em uma medição completa do barco, conforme definido pelo International Measurement System (IMS). O ORC Club utiliza os mesmos dados, mas podem ser aceitos como declarados pelo proprietário ou obtidos de qualquer outra fonte, incluindo fotos, desenhos, projetos ou dados de barcos idênticos ou semelhantes.

Em uso, o ORCi é uma regra de medição completa e é aplicada em todos os países no mesmo nível, enquanto o ORC Club a medição é simplificada. ORCi destina-se ao uso em nível mundial, continental, regional e nacional, bem como em grandes corridas offshore internacionais, enquanto o ORC Club é, como o nome indica, projetado para regatas de nível de clube que podem ir até o nível de campeonato nacional. Ambos os sistemas têm as mesmas opções de classificação e pontuação e podem ser pontuados juntos em qualquer corrida.

Obviamente, devido à melhor qualidade dos dados de medição, os certificados ORCi serão mais precisos e fornecerão classificações mais favoráveis. Como os sistemas são compatíveis, é muito fácil para o proprietário que possui um certificado ORC Club atualizar para o ORCi – basta entrar em contato com o medidor local ou autoridade de classificação – ABVO.


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